quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Objeto Direto e Objeto Indireto

São termos da oração que completam o sentido dos verbos transitivos.

Ex.: Ela passou de ano.

Classificação

Objeto Direto: Completa o sentido do verbo sem o uso da preposição.

Ex.: O preso pagou a fiança.

Pedro pegou catapora.

Objeto Indireto: Completa o sentido do verbo com o uso da preposição.

Ex.: Carina está com gripe.

Joana foi com João à feira.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Geometria Espacial

Geometria Espacial é o estudo da geometria no espaço, em que estudamos as figuras que possuem mais de duas dimensões. Essas figuras recebem o nome de sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais e são conhecidas como: prisma (cubo, paralelepípedo), pirâmides, cone, cilindro, esfera.

Se observarmos cada figura citada acima, iremos perceber que cada uma tem a sua forma representada em algum objeto na nossa realidade, como:

Prisma: caixa de sapato, caixa de fósforos.

Cone: casquinha de sorvete.

Cilindro: cano PVC, canudo.

Esfera: bola de isopor, bola de futebol.

Essas figuras ocupam um lugar no espaço, então a geometria espacial é responsável pelo cálculo do volume (medida do espaço ocupado por um sólido) dessas figuras e o estudo das estruturas das figuras espaciais.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

As Veias Abertas Da América Latina

CAPÍTULO 1

A América foi descoberta em 1492. Três anos após o descobrimento, Cristóvão Colombo dirigiu uma campanha militar que dizimou os índios da Ilha Dominicana, sendo que alguns dos que sobraram, acabaram sendo vendidos como escravos.

A ocupação portuguesa e espanhola combinava a propagação da fé cristã e o saqueio das riquezas nativas.

O sofrimento imposto aos índios foi enorme. Muitos se suicidavam, outros sucumbiam diante da escravidão e grande parte era derrotada por bactérias e vírus vindos da Europa.

O desnível do desenvolvimento entre os conquistadores e os índios pode explicar o motivo de tais derrotas.

A população de índios, por conta disso, sofreu perdas enormes, reduzindose assustadoramente.

Num primeiro momento após o descobrimento, os principais objetos de exploração foram os metais, particularmente a prata, em Potosí (na Bolívia) e o ouro em Ouro Preto – Minas Gerais (no Brasil).

Nesse processo, a maioria dos índios pereceu. Alguns tentaram resistir, mas eram impiedosamente massacrados, como, por exemplo, o líder indígena Tupac Ámaru, que encabeçou um movimento revolucionário, mas acabou sendo executado e mutilado, junto com sua família e partidários, em praça pública.

É importante ressaltar que grande parte dos metais explorados na América Latina servia somente para enviar aos países europeus.

No caso brasileiro quem se beneficiou, particularmente, foi a Inglaterra.

Além do mais, quase tudo o que era consumido no Brasil, vinha da Inglaterra, inclusive as vestimentas dos escravos negros que trabalhavam nas minas brasileiras.

CAPÍTULO 2

A busca do ouro e da prata foi o motor principal das conquistas, e quando se descobriu a rapidez e facilidade de plantar cana-de-açúcar, passaram a explorar isso também, o que trouxe como conseqüência o aumento do número de escravos negros trazidos da África.

Note-se que o açúcar era tratado como um artigo de luxo, muito caro e cobiçado pelas elites européias.

Até meados do século XVII o Brasil foi o maior produtor mundial de açúcar, assim era um dos principais compradores de escravos, visto que os índios logo morriam ante a escravidão.

O negócio açucareiro no Brasil era predominantemente financiado por capital holandês. Os holandeses faziam as instalações, traziam escravos, refinavam o açúcar.

Em 1630 os holandeses tentaram invadir o Brasil, mas foram expulsos e levaram consigo o negócio do açúcar, que instalaram nas Antilhas.

As Antilhas ficaram condenadas ao mercado de açúcar até os dias de hoje, prisioneiros da monocultura, que trouxe desemprego e pobreza.

Cuba conseguiu se livrar dessa monocultura após a revolução, tal como de males como o analfabetismo e o desemprego. A reforma agrária de 1959 deu início a um processo de diversificação da economia cubana.

O açúcar proveniente da América Latina acarretou grande acumulação de capital pelos europeus e até pelos Estados Unidos.

Em princípios do século XIX a Inglaterra passou a encabeçar uma campanha anti-escravagista, visto que sua indústria já necessitava de mercados internacionais com maior poder aquisitivo.

No ano de 1888 foi abolida a escravidão no Brasil, mas não o latifúndio. A maioria dos trabalhadores vivia e trabalhava em condições semelhantes à da escravidão.

Narra o autor também, sobre a borracha. O Brasil havia conquistado o Acre e assim possuía quase a totalidade das reservas de borracha do mundo. Para a exploração da borracha foi utilizada mãode-obra nordestina.

Pouco tempo depois os ingleses roubaram algumas sementes de seringueira e levaram para a Ásia. O Brasil passou, assim, a não exercer mais o controle sobre o produto.

Outros produtos explorados foram o cacau e o café. O cacau principalmente na Venezuela. Também no Brasil havia plantações de cacau.

No que tange ao café, no Brasil, um dos principais produtores na América

Latina, além da mão-de-obra escrava foi utilizada a dos imigrantes vindos da Europa.

O café foi um grande negócio no Brasil e levou os cafeicultores a constituírem uma nova elite social no País. Note-se, porém, que empresas estadunidenses estavam por trás do negócio, apesar de que era o Estado brasileiro que suportava todos os ônus negativos do negócio.

Alguns revolucionários como Sandino, na Nicarágua e Zapata, no México, iniciaram lutas contra a exploração dos imperialistas e latifundiários.

CAPÍTULO 3

Os Estados Unidos e as empresas estadunidenses investem na América

Latina com a finalidade de obter matéria-prima de que necessitam para suas indústrias, dos mais diversos ramos, visto que não possuem matéria-prima na quantidade que necessitam.

Neste processo, se vale dos mais variados meios para controlar os mercados, inclusive derrubar e instituir governos como bem entendem, chegando até a incentivar guerras, como a Guerra do Pacífico em 1879-83 e a Guerra do Chaco em 1932-35.

Com o avanço da tecnologia e desenvolvimento bélico, as matérias-primas de interesse passaram a ser as mais variadas como o estanho, ferro, gás natural e principalmente o petróleo.

CAPÍTULO 4

No momento em que começaram os movimentos de independência na

América Latina, e posteriormente com a independência conquistada, os ingleses lucraram muito.

Enviavam os produtos que fabricavam para faturar enormes quantias com os mais novos mercados. A enorme quantidade de produtos ingleses nos países latino-americanos se deveu ao fato de que estes países não estabeleciam barreiras que protegessem suas indústrias como impostos sobre estas mercadorias estrangeiras, ou quando os havia, eram insignificantes, possibilitando inclusive que o produto estrangeiro fosse mais barato que o nacional.

Como conseqüência, as indústrias nacionais foram arrasadas. Observa o autor, citando Friederich List, que o principal produto inglês, assim, foi o “livre comércio”, que na realidade beneficiava os próprios ingleses, pois na medida que enriqueciam, a América Latina se afundava cada vez mais.

Houve algumas tentativas de proteger o mercado interno como uma lei alfandegária na Argentina, em 1835, que resultou em ataques militares franceses e ingleses.

Entretanto, na América Latina, destacou-se um país em que não mandavam as oligarquias, tampouco o capital inglês. Foi o Paraguai.

Neste país não havia grandes latifúndios particulares, as terras eram, quase em sua totalidade, do Estado, o analfabetismo era o menor da América Latina e de modo geral toda a população desfrutava de uma boa vida ou não passava necessidades.

Essa situação preocupada a Inglaterra, por não poder penetrar naquele mercado, e às oligarquias dos países vizinhos, pelo Paraguai servir de “má influência”.

Foi então que se formou a tríplice aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai, em 1865, para destruir o Paraguai, com total apoio moral e financeiro dos ingleses.

O Paraguai resistiu bravamente, mas acabou sucumbindo, com sua população quase que totalmente aniquilada.

Por fim, os países da tríplice aliança sofreram uma bancarrota financeira, ficando ainda mais dependentes da Inglaterra; já o Paraguai, passou a ser explorado e não se recuperou até hoje.

Galeano conclui o capítulo notando que enquanto os Estados Unidos nada enviaram à Inglaterra, possibilitando assim um desenvolvimento local mais aprimorado, a América Latina enviou a maioria das matérias-primas de que a Europa necessitava para o seu desenvolvimento econômico, impossibilitando o desenvolvimento local.

CAPÍTULO 5

A partir do final da I Guerra Mundial houve na América Latina um recuo dos interesses europeus, em benefício dos estadunidenses. Conseqüentemente houve uma diminuição nos gastos com o serviço público e a mineração e um aumento com relação ao petróleo e a indústria manufatureira.

O capital estadunidense tomou os setores chaves das indústrias locais, para daí, comandar todo o resto e ditar as regras.

Nota o autor que os capitalistas dos Estados Unidos concentraram-se, na

América Latina, mais agudamente que no próprio país e estão desvinculados de qualquer idéia ou sentimento de nacionalismo.

O fator prejudicial nisso tudo foi o fato do crescimento industrial na América

Latina ter sido, de modo geral, trazido de fora, e não desenvolvido internamente.

Houve alguns governos nacionalistas que tentaram fazer um contrapeso a isto, mas de uma forma ou de outra, acabaram liquidados.

Eram poucas as empresas que não estavam ligadas ao capital estadunidense e mesmo assim, muitas dessas que não tinham vínculos com o capital estadunidense acabaram sendo engolidas por empresas estrangeiras, as quais desfrutavam de maiores benefícios pelo tratamento que lhes davam o Estado, em nome do desenvolvimento, e isto ficou claro no Brasil.

Observa Galeano que veio a incrementar o controle capitalista sobre a

América Latina, o Fundo Monetário Internacional (FMI), instituição controlada pelos Estados Unidos, que prometeu e promete milagres e veio, na realidade, a institucionalizar um controle financeiro sobre o mundo; na América Latina determina polícias financeiras a serem adotadas pelos governos, determinando quais as áreas e o quanto investir.

Um outro modo de subtrair dinheiro da América Latina tem sido a instalação de bancos estadunidenses nesses países; conseqüentemente esses bancos acabam exercendo real influência sobre os mercados internos.

Assim, a detenção dos recursos financeiros, se mostra a mais eficaz forma de dominação por meio da qual se instala e se derrubam governos, ditaduras, por meio de que se destrói a indústria nacional em detrimento da estrangeira, por meio de que se institui salários de fome, para que os países latinos americanos vendam os produtos baratos para o exterior, mas comprem caros os de que necessitam, exportem o melhor produto e fique com o de pior qualidade. Enfim, desta maneira os países imperialistas, principalmente os Estados Unidos, vêm comandando setores estratégicos e decisões políticas na América Latina.

Por fim, conclui o autor, que o principal fator que permite essa exploração é a falta de unidade entre os latino-americanos, principalmente no campo econômico, visto que esses países comercializam mais com os Estados Unidos e Europa, do que entre si.

Eduardo Galeano

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Hidrólise de Íons

Hidrólise é um termo útil, oriundo da definição de Arrhenius de ácidos e bases, e significa “quebra pela água”. A hidrólise é uma reação entre um ânion ou um cátion e a água, com fornecimento de íons OH- ou H+ para a solução.

Hidrólise de Ânions:

A hidrólise de um ânion A- pode ser representada como: A-(aq) + H2O(l) = HA(aq) + OH-(aq). A reação consiste na remoção de prótons das moléculas de água para formar moléculas de HA e íons hidróxidos, tornando a solução básica. Segundo Arrhenius, esta reação ocorre porque HA é um ácido fraco. Em outras palavras, afirmar que HA é um ácido fraco equivale a afirmar que a ligação na molécula de HA é suficientemente forte para evitar que esta molécula se dissocie completamente. A hidrólise do ânion ocorre quando A- é uma base suficientemente forte para remover um próton da água e estabelecer o equilíbrio acima.

Um ácido fraco de Arrhenius é o produto da hidrólise de um ânion e quanto mais fraco for esse ácido maior o grau de hidrólise do ânion. Por exemplo, pode-se prever que o ânion cianeto (CN-) hidrolise mais que o fluoreto (F-), porque HCN é um ácido mais fraco do que HF. (Ka HCN = 1,0 x 10-10 e Ka HF = 6,7 x 10-4). Quanto mais fraco um ácido, mas fortemente seu próton está ligado à molécula e, conseqüentemente, maior a tendência de seu ânion hidrolisar para formar a molécula do ácido. Pela definição de Brönsted-Lowry, quanto mais fraco o ácido, mais forte será sua base conjugada (veja mais detalhes em teoria ácido-base).

Quando o ânion A- hidrolisa, o seguinte equilíbrio é estabelecido: A-(aq) + H2O(l) = HA(aq) + OH-(aq) e a condição para esse equilíbrio é: [HA][OH-] / [A-]. O valor desse equilíbrio é denominado constante de hidrólise ou constante hidrolítica, e representado por Kh. Os valores dessas constantes raramente são dadas em tabelas, uma vez que é muito fácil calculá-los a partir de outros valores de constantes. Veja a dedução:

Multiplicando-se o numerador e o denominador da condição de equilíbrio anterior, por [H+], obtemos: Kh = [HA][OH-][H+] / [A-][H+]. Mas perceba que [OH-][H+] é igual a Kw e que [HA] / [A-][H+] é o inverso de Ka. Assim, simplificando, temos: Kh = 1/Ka . Kw. Para ânions, portanto, a constante de hidrólise é dada por:

Kh = Kw / Ka

Ka é a constante de dissociação de um ácido fraco formado durante a hidrólise. Como estas constantes são bastante conhecidas e facilmente disponíveis e o valor de Kw é constante (10-14), fica fácil calcular o valor de Kh para ser usado num cálculo de hidrólise. Veja um exemplo de problema:

Calcule o pH e a percentagem de hidrólise em uma solução aquosa de NaCN 1,0 mol/L (25 oC).

NaCN é um sal solúvel em água e por isso está totalmente dissociado, formando Na+ (1,0 mol/L) e CN-(1,0 mol/L). Sabemos que o íon de sódio não hidrolisa (NaOH é uma base forte) e que o cianeto hidrolisa (HCN é um ácido fraco). A equação da hidrólise do cianeto é CN-(aq) + H2O(l) = HCN(aq) + OH-(aq) e a condição para esse equilíbrio é dada por [HCN][OH-] / [CN-] = Kh. Podemos calcular facilmente o valor de Kh:

Da tabela de Ka para ácidos fracos retiramos o Ka para o HCN (4,0 x 10-10):

Kh = Kw / Ka igual a Kh = (1,0 x 10-14) / (4,0 x 10-10). Então Kh = 2,5 x 10-5

Agora suponhamos que seja y o número de mols de cianeto que hidrolisa por litro. Assim, no equilíbrio temos:

[HCN] = y

[OH-] = y

[CN-] = 1,0 – y

Substituindo na condição de equilíbrio, obtemos: [y][y] / (1,0 – x) = 2,5 x 10-5

Admitiremos que y é um valor muito inferior a 1, já que o HCN é um ácido muito fraco e, por isso, pouquíssimas moléculas estão dissociadas, ou seja, existem pouquíssimas espécies iônicas em solução. Assim, desprezamos a diferença 1,0 – y, e tratamos o denominador apenas como 1,0. A equação fica assim: y2 = 2,5 x 10-5 (para facilitar) y2 = 25,0 x 10-6 ou y = 5,0 x 10-3 (*)

[H+] = Kw / [OH-] igual [H+] = (1,0 x 10-14) / (5,0 x 10-3) = 2,0 x 10-12 mol/L

Cálculo do pH: -log (2,0 x 10-12) = – (log 2 + log 10-12). Então pH = 11,7

Percentagem de hidrólise [(mols de CN- hidrolisados / total de mols de CN-) x 100]: (5,0 x 10-3 / 1,0) x 100 = 0,5%

(*) OBS: Para se extrair a raiz quadrada de um radicando do tipo A x 10-b faz-se = (raiz de A) x (raiz de 10-b), sendo que raiz quadrada de 10-b é igual a 10-b/2.

Hidrólise de Cátions:

A hidrólise de um cátion M+ pode ser representada como: M+(aq) + H2O(l) = MOH(aq) + H+(aq). A reação forma moléculas de MOH e íons hidroxônio, tornando a solução ácida. Segundo Arrhenius, esta reação ocorre porque MOH é uma base fraca. Em outras palavras, afirmar que MOH é uma base fraca equivale a afirmar que a ligação na molécula de MOH é suficientemente forte para evitar que esta molécula se dissocie completamente.

Quando o cátion M+ hidrolisa, o seguinte equilíbrio é estabelecido: M+(aq) + H2O(l) = MOH(aq) + H+(aq) e a condição para esse equilíbrio é: [MOH][H+] / [M+]. Como já vimos anteriormente, a constante de hidrólise (Kh) pode ser calculada a partir de Kw e da constante de dissociação do eletrólito fraco. Para hidrólise de cátions, tem-se a seguinte relação:

Kh = Kw / Kb

Kb é a constante de dissociação de uma base fraca formado durante a hidrólise. Veja um exemplo de problema:

Calcule o pH de uma solução de NH4Cl 0,2 mol/L (25 oC).

Cloreto de amônio é um sal solúvel em água e por isso está totalmente dissociado, formando NH4+ (0,2 mol/L) e Cl- (0,2 mol/L). Sabemos que o íon cloreto não hidrolisa (HCl é um ácido forte) e que íon amônio hidrolisa (NH4OH é uma base fraca). A equação da hidrólise do íon amônio é NH4+(aq) + H2O(l) = NH4OH(aq) + H3O+(aq) e a condição para esse equilíbrio é dada por [NH4OH][H3O+] / [NH4+] = Kh. Podemos calcular facilmente o valor de Kh:

Da tabela de Kb para bases fracas retiramos o Kb para o NH4OH (1,8 x 10-5):

Kh = Kw / Kb igual a Kh = (1,0 x 10-14) / (1,8 x 10-5). Então Kh = 5,6 x 10-10

Se x é o número de mols de NH4+ que hidrolisa por litro, temos, no equilíbrio:

[NH4OH] = y

[H3O+] = y

[NH4+] = 0,2 – y

Substituindo na condição de equilíbrio, obtemos: [x][x] / (0,2 – x) = 5,6 x 10-10

Como fizemos anteriormente e como é de costume, admitiremos que y é um valor muito inferior a 0,2, já que o NH4OH é uma base muito fraca e, por isso, pouquíssimas moléculas estão dissociadas, ou seja, existem pouquíssimas espécies iônicas em solução. Assim, desprezamos a diferença 0,2 – y, e tratamos o denominador apenas como 0,2. A equação fica assim: y2 = 0,2 x 5,6 x 10-10 igual a y2 = 1,12 x 10-10 então y = 1,06 x 10-5

[H3O+] = 1,06 x 10-5 mol/L

Cálculo do pH: -log (1,06 x 10-5) = – (log 1,06 + log 10-5). Então pH = 4,97.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Geometria Plana

Os estudos iniciais sobre Geometria Plana estão relacionados à Grécia Antiga, também pode ser denominada Geometria Euclidiana em homenagem a Euclides de Alexandria (360 a.C. - 295 a.C.), grande matemático educado na cidade de Atenas e frequentador da escola fundamentada nos princípios de Platão.

Os princípios que levaram à elaboração da Geometria Euclidiana eram baseados nos estudos do ponto, da reta e do plano. O ponto era considerado um elemento que não tinha definição plausível, a reta era definida como uma sequência infinita de pontos e o plano definido através da disposição de retas.

As definições teóricas da Geometria de Euclides estão baseadas em axiomas, postulados, definições e teoremas que estruturam a construção de variadas formas planas. Os polígonos são representações planas que possuem definições, propriedades e elementos.

Podemos relacionar à Geometria plana os seguintes conteúdos programáticos:

Ponto, reta e plano
Posições relativas entre retas
Ângulos
Triângulos
Quadriláteros
Polígonos
Perímetro
Áreas de regiões planas

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Equilíbrio Iônico

Equilíbrio Iônico é o estudo dos equilíbrios químicos envolvendo soluções aquosas de ácidos fracos e bases, que apresentam partículas iônicas e moléculas não ionizadas.

Ácidos (Ka)

HA <–> H+ + A-

Ka = [H+] . [A-] / [HA-]

Ex: HCl <–> H+ + Cl-

Ka = [H+] . [Cl-] / [HCl-]

Bases (Kb)

BOH <–> B+ + OH-

Kb = [B+] . [OH-] / [BOH]

Ex: KOH <–> K+ + OH-

Kb = [K+] . [OH-] / [KOH]

Constante de Ionização

Para Ácidos: Ka

Maior Ka = maior força ácida

Para Bases: Kb

Maior Kb = maior força básica

Grau de Ionização (α)

É a grandeza que indica a porcentagem do ácido que sofreu ionização na solução. Quanto maior o α, mais forte é o ácido ou a base.

α = número de moléculas ionizadas / número de moléculas inicial

Ex:

CH3COOH α = 5%

CH3COOH <–> H+ + CH3COOH-

De cada 100 moléculas de ácido, apenas 5 sofrem a ionização acima.

Mg(OH)2 α = 20%

Mg(OH)2 à Mg+2 + 2OH-

De cada 100 moléculas de base, apenas 20 sofrem a dissociação acima.

Maior α = maior força

Movimento Harmônico Simples

Os movimentos harmônicos simples estão presentes em vários aspectos de nossas vidas, como nos movimentos do pêndulo de um relógio, de uma corda de violão ou uma mola. Esses movimentos realizam um mecanismo de “vaivém” em torno de uma posição de equilíbrio, sendo caracterizados por um período e por uma freqüência.

Um movimento harmônico simples é variado, porém não pode ser considerado uniformemente variado, já que a aceleração não é constante. Se analisarmos uma mola, por exemplo, vemos que sua velocidade é anulada nas posições extremas em que é submetida e é máxima nos pontos centrais desse movimento.

Tendo conhecimento dos outros conceitos e fórmulas dentro da ondulatória, para calcular o Movimento Harmônico Simples (M.H.S.), deve-se levar em conta duas fórmulas provenientes da mecânica: a da 2º Lei de Newton (F = m.a) e a do pulso ou freqüência angular (ω = 2π/T).

Se a aceleração em um sistema massa-mola é igual a α = ω2.x, substituímos:

F = m.ω2.x

Como m e ω são grandezas constantes dentro do M.H.S, podemos expressar:

K = m.ω2

Se isolarmos ω, temos:

ω = √K/m

Sabendo que a freqüência angular (ω) = 2π/T

√K/m = 2π/T

Isolando T, temos a fórmula final para calcularmos o Movimento Harmônico Simples (M.H.S.):

T = 2π.√m/K

Simbolismo

O precursor do Simbolismo é o francês Charles Baudelaire, com a publicação de “As Flores do Mal”, em 1857. O Simbolismo surgiu em meio à divisão social entre as classes burguesa e proletária, as quais surgiram com o avanço tecnológico advindo da Revolução Industrial.

O Simbolismo é um movimento que aprofunda e radicaliza os ideais românticos. Ele nasceu na França, no final do século XIX, em contraposição ao Realismo e ao Naturalismo. No intenso contato com a cultura, a mentalidade, as artes e a religiosidade orientais, os artistas desta época mergulham nestes valores distintos do pensamento ocidental, mais racional, e espelham em suas criações esta outra visão de mundo.

Sem o Romantismo, com sua oposição ao uso desmedido da Razão, o Simbolismo não existiria, pois ele se apropria dos princípios românticos e os aprofunda de tal forma que nem o romântico mais contagiado pelas raízes desta Escola o faria. Os simbolistas percorrem, assim, caminhos mais ousados e irracionais, recorrendo ao uso extremo dos símbolos e do misticismo, empreendendo rumo ao inconsciente uma jornada além dos limites extremos da razão, um mergulho nos recantos mais ocultos do inconsciente.

Os simbolistas adotavam uma visão pessoal e individualista da realidade, sem se aproximar muito aos princípios estéticos então vigentes. Isto lhes valeu o pejorativo apelido de ‘decadentistas’. Em 1886, porém, a publicação de um importante manifesto – ‘O Século XX’, do teórico deste movimento, Jean Moréas – deu ao movimento seu nome definitivo – simbolismo. Na França, esta escola está intimamente ligada às conseqüências da Revolução Francesa, que marcaram sua natureza sócio-cultural, e às teorias elaboradas pelo Romantismo e pelo Liberalismo.

Para os adeptos do Simbolismo, não basta sentir as emoções, mas é necessário levar em conta também a sua dimensão cognitiva. Esta é a real postura poética, segundo seus seguidores. Este movimento se reveste igualmente de um marcante subjetivismo, ou seja, de um teor individualista, em detrimento da visão geral dos fatos. A musicalidade é um de seus atributos que mais se destaca; assim, os simbolistas usam ferramentas como a aliteração e a assonância. Além disso, o Simbolismo revela-se um movimento de caráter transcendental, sempre resvalando para a imaginação e a fantasia, privilegiando a intuição para interpretar os dados do real, desprezando a razão ou a lógica.

Os sonhos são para os discípulos do Simbolismo ferramentas fundamentais para compreender experiências ancestrais do homem, em épocas nas quais prevaleciam sensações caóticas e anárquicas, que hoje são relembradas pelo sujeito apenas em suas experiências oníricas ou nas sessões psicanalíticas. Esta escola é essencialmente literária, pois realiza no âmbito da Literatura uma completa renovação.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A Guerra do Paraguai

No século XIX, as nações americanas emancipadas após a crise do sistema colonial se lançaram ao desafio de estabelecerem a soberania política e econômica de seus territórios. Essa seria uma tarefa bastante difícil, pois passados séculos de dominação colonial, esses novos países teriam que enfrentar os desafios estabelecidos pelo capitalismo industrial e financeiro do período.

Segundo alguns estudiosos, o processo de independência das nações latino-americanas não significou o fim da subserviência política e da dependência econômica. Sob outros moldes, esses países ainda estavam presos a instituições corruptas e à antiga economia agroexportadora. Contrariando essa tendência geral, durante o século XIX, o Paraguai implementou um conjunto de medidas que buscavam modernizar o país.

Nos governos de José Francia (1811-1840) e Carlos López (1840-1862) o analfabetismo foi erradicado do país e várias fábricas foram instaladas com o subsídio estatal. Além disso, melhorou o abastecimento alimentício com uma reforma agrária que reestruturou a produção agrícola paraguaia ao dar insumos e materiais para que os camponeses produzissem. Esse conjunto de medidas melhorou a condição de vida da população e fez surgir uma indústria autônoma e competitiva.

No ano de 1862, Solano López chegou ao poder com o objetivo de dar continuidade às conquistas dos governos anteriores. Nessa época, um dos grandes problemas da economia paraguaia se encontrava na ausência de saídas marítimas que escoassem a sua produção industrial. Os produtos paraguaios tinham que atravessar a região da Bacia do Prata, que abrangia possessões territoriais do Brasil, Uruguai e Argentina.

Segundo alguns historiadores, essa travessia pela Bacia do Prata era responsável, vez ou outra, pela deflagração de inconvenientes diplomáticos entre os países envolvidos. Visando melhorar o desempenho de sua economia, Solano pretendia organizar um projeto de expansão territorial que lhe oferecesse uma saída para o mar. Dessa maneira, o governo paraguaio se voltou à produção de armamentos e a ampliação dos exércitos que seriam posteriormente usados em uma batalha expansionista.

No entanto, outra corrente historiográfica atribuiu o início da guerra aos interesses econômicos que a Inglaterra tinha na região. De acordo com essa perspectiva, o governo britânico pressionou o Brasil e a Argentina a declararem guerra ao Paraguai alegando que teriam vantagens econômicas e empréstimos ingleses caso impedissem a ascensão da economia paraguaia. Com isso, a Inglaterra procurava impedir o aparecimento de um concorrente comercial autônomo que servisse de modelo às demais nações latino-americanas.

Sob esse clima de tensão, a Argentina tentava dar apoio à consolidação de um novo governo no Uruguai favorável ao ressurgimento do antigo Vice Reinado da Prata, que englobava as regiões da Argentina, do Paraguai e Uruguai. Em contrapartida, o Brasil era contra essa tendência, defendendo a livre navegação do Rio da Prata. Temendo esse outro projeto expansionista, posteriormente defendido por Solano López, o governo de Dom Pedro II decidiu interceder na política uruguaia.

Após invadir o Uruguai, retaliando os políticos uruguaios expansionistas, o governo brasileiro passou a ser hostilizado por Solano, que aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda. Com esse episódio, o Brasil decidiu declarar guerra ao Paraguai. A Inglaterra, favorável ao conflito, concedeu empréstimos e defendeu a entrada da Argentina e do Uruguai na guerra.

Em 1865, Uruguai, Brasil e Argentina formaram a Tríplice Aliança com o objetivo de aniquilar as tropas paraguaias. Inicialmente, os exércitos paraguaios obtiveram algumas vitórias que foram anuladas pela superioridade do contingente militar e o patrocínio inglês da Tríplice Aliança.

Mesmo assim, as boas condições estruturais e o alto grau de organização dos exércitos paraguaios fizeram com que a guerra se arrastasse por cinco anos. Somente na série de batalhas acontecidas entre 1868 e 1869, que os exércitos da Tríplice Aliança garantiram a rendição paraguaia.

O saldo final da guerra foi desastroso. O Paraguai teve cerca de 80% de sua população de jovens adultos morta.

O país sofreu uma enorme recessão econômica que empobreceu o Paraguai durante muito tempo. Com o final da guerra, o Brasil conservou suas posses na região do Prata.

Em contrapartida, o governo imperial contraiu um elevado montante de dívidas com a Inglaterra e fez do Exército uma instituição interessada em interferir nas questões políticas nacionais. A maior beneficiada com o conflito foi a Inglaterra, que barrou o aparecimento de uma concorrente comercial e lucrou com os juros dos empréstimos contraídos.

Luiz Gama

Luiz Gama (Salvador BA, 1830 - São Paulo SP, 1882) era filho de escravos, e foi vendido pelo pai, em 1840, por causa de uma dívida de jogo. Comprado em leilão pelo alferes Antonio Pereira Cardoso, passou a viver em cativeiro em Lorena SP. Em 1847 foi alfabetizado por Antonio Rodrigues do Prado Júnior, hóspede de Antonio Pereira Cardoso. No ano seguinte fugiu da fazenda e foi para São Paulo SP. Lá casou-se, por volta de 1850, e freqüentou o curso de Direito como ouvinte, mas não chegou a completá-lo. Em 1864 fundou o jornal Diabo Coxo, do qual foi redator. O periódico era ilustrado pelo italiano Angelo Agostini, considerado marco da imprensa humorística em São Paulo. Entre 1864 e 1875 colaborou nos jornais Ipiranga, Cabrião, Coroaci e O Polichileno. Fundou, em 1869 o jornal Radical Paulistano, com Rui Barbosa. Sempre utilizou seu trabalho na imprensa para a divulgação de suas idéias antiescravistas e republicanas. Em 1873 foi um dos fundadores do Partido Republicano Paulista, em Itu SP. Nos anos seguintes, teve intensa participação em sociedades emancipadoras, na organização de sociedades secretas para fugas e ajuda financeira a negros, além do auxílio na libertação nos tribunais de mais de 500 escravos foragidos. Por volta de 1880, foi líder da Mocidade Abolicionista e Republicana. Os poemas de Luís Gama estão vinculados à segunda geração do Romantismo. Entretanto, segundo o crítico José Paulo Paes, "distanciando-se dos literatos da época pelo seu realismo de plebeu, Luiz Gama deles se distanciava também pela concepção que tinha da literatura. Para ele, ser poeta não era debruçar-se sobre si mesmo, num irremediável narcisismo, mas voltar-se para o mundo, medi-lo com olhos críticos, zurzir-lhe os erros, as injustiças, as falsidades.".

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Solução Tampão

Soluções Tampão (química) são soluções que atenuam a variação dos valores de pH (ácido ou básico), mantendo-o aproximadamente constante, mesmo com adição de pequenas quantidades de ácidos ou bases.

As soluções tampão pode ser formadas por um ácido forte e um sal formado pela reação desse ácido com uma base forte, ou, então, por uma base fraca e um sal formado pela reação dessa base com um ácido forte. As soluções tampão são usadas sempre que se necessita de um meio com pH aproximadamente constante. Elas são preparadas dissolvendo-se os solutos em água.

Em estudos ligados à medicina e à biologia é muito importante o conceito de solução tampão, pois os fluidos biológicos (animais ou vegetais) são, em geral, meios aquosos tamponados.

Um dos sistemas tampões mais importantes é o do sangue, que permite a manutenção das trocas gasosas e das proteínas (ver desnaturação). O pH do sangue é de 7,4 e o principal sistema tampão é um equilíbrio entre o ácido carbônico e o íon a ele associado, o bicarbonato. Este sistema evita variações de 0.3 unidades de pH as quais poderiam trazer graves conseqüências ao ser humano.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Parnasianismo no Brasil

O Parnasianismo tem seu marco inicial com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias, em 1882. Contudo, Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia também auxiliaram a implantação do Parnasianismo no Brasil.

A estética parnasiana, originada na França, valorizava a perfeição formal, o rigor das regras clássicas na criação dos poemas, a preferência pelas formas fixas (sonetos), a apreciação da rima e métrica, a descrição minuciosa, a sensualidade, a mitologia greco-romana. Além disso, a doutrina da “arte pela arte” esteve presente nos poemas parnasianos: alienação e descompromisso quanto à realidade.

Contudo, os parnasianos brasileiros não seguiram todos os acordos propostos pelos franceses, pois muitos poemas apresentam subjetividade e preferência por temas voltados à realidade brasileira, contrariando outra característica do parnasianismo francês: o universalismo.

Os temas universais, vangloriados pelos franceses, se opunham ao individualismo romântico, que revelava aspectos pessoais, desejos, aflições e sentimentos do autor.

Outra característica que o Parnasianismo brasileiro não seguiu à risca foi a visão mais carnal do amor em relação à espiritual. Olavo Bilac, principalmente, enfatizou o amor sensual, entretanto, sem vulgarizá-lo.

No Brasil, os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac e Raimundo Correia.

O poema “Profissão de fé” de Olavo Bilac é uma representação da estética parnasiana no Brasil:

Veja um trecho:

(...)
E horas sem conta passo, mudo,
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.

Porque o escrever – tanta perícia
Tanta requer,
Que ofício tal... nem há notícia
De outro qualquer.

Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por servir-te, Deusa serena,
Serena Forma!


Vemos nas estrofes acima aspectos parnasianos, como “a arte pela arte”: o poeta deixa claro que a arte poética exige do autor o afastamento quanto ao que acontece no mundo.

Ainda vemos a exaltação e procura por um rigor técnico, purismo na forma: o poeta diz que escrever requer muita perícia, cuidado e engrandece a estética formal “Serena Forma”.

Além disso, observamos no poema a forma fixa dos sonetos, a rima rica e a perfeita ou rara em contraposição aos versos livres e brancos dos poetas românticos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Urbanização

Urbanização é o deslocamento de um grande contingente de pessoas que saem da área rural para os centros urbanos (as cidades). Para que um país seja considerado urbanizado, a quantidade de pessoas que vivem nas cidades deve ser superior a quantidade que vive do campo.

As cidades podem ser classificadas de acordo com seu tamanho, atividade econômica, importância regional entre outras características.

Classificam-se em:

Municípios: São as menores divisões político-administrativas, todo município possui governo próprio, sua área de atuação compreende a parte urbana e rural pertencente ao município.

Cidades: É a sede do município, independente do número de habitantes que possa ter, as atividades econômicas nas cidades diferem das do campo, as atividades principais são centralizadas nos setor secundário e terciário.

Macrocefalia Urbana: Caracteriza-se pelo crescimento acelerado dos centros urbanos, principalmente nas metrópoles, provocando o processo de marginalização das pessoas que por falta de oportunidade e baixa renda residem em bairros que não possuem os serviços públicos básicos, e com isso enfatiza o desemprego, contribui para a formação de favelas, resultando na exclusão social de todas as formas.

Metrópoles: São cidades com população absoluta superior a 1milhão de habitantes (ex: Goiânia, São Paulo).

Conurbações: È quando um município ultrapassa seus limites por causa do crescimento e com isso encontra-se com os municípios vizinhos.

Regiões Metropolitanas: É a união de dois ou mais municípios formando uma grande malha urbana, é comum nas cidades sedes de estados (ex.: Goiânia, Aparecida de Goiânia e cidades do entorno).

Megalópole: É a união de duas ou mais regiões metropolitanas.

Tecnopólos: ou Cidades ciência, são cidades onde estão presentes centros de pesquisas, universidades, centros de difusão de informações. Geralmente os tecnopólos estão alienados a universidades e indústrias.

Verticalização: È a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja, a mudança da forma horizontal das construções (ex: casas), para a verticalização (construção de prédios).

Segregação Espacial: È o foco do poder público, as regiões onde a parcela da população possui melhor poder aquisitivo, e omissão as regiões periféricas desprovidas dos serviços públicos.

Cidades Formais: São cidades planejadas.

Cidades Informais: São compostas pelas regiões periféricas, regiões onde não possui infra-estrutura suficiente.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Anatomia e Fisiologia das Plantas

A histologia vegetal é o estudo dos tecidos vitais e suas funções para os vegetais. Existem dois tipos de tecidos vegetais: os meristemáticos ou embrionários e os tecidos adultos ou permanentes.

Tecidos Meristemáticos

Os Tecidos Meristemáticos: são caracterizados pela constante divisão celular por mitose, proporcionando o desenvolvimento dos tecidos e seu crescimento, por apresentar um núcleo volumoso, citoplasma denso e parede celular constituída apenas pela lamela média. Existem três divisões dos tecidos meristemáticos:

Primários: localizados na região apical de caules e ramos, promove o crescimento em extensão do vegetal (longitudinal);

Secundários: se diferem dos meristemas primários por apresentarem grandes vacúolos no citoplasma, estão localizados no cilindro central dos vegetais e relacionam-se com o crescimento em espessura do vegetal.

Os tecidos adultos originam-se quando as células dos meristemas se diferenciam e se especializam, sendo classificados segundo sua função: Tecidos de revestimento, sustentação, preenchimento, condução e secreção.

Tecidos Permanentes

Tecidos vegetais específicos, também denominados permanentes, formados a partir dos tecidos meristemáticos, por engrossamento das paredes celulares. São designados tecidos definitivos primários quando têm origem num tecido meristemático primário e secundário quando se formam a partir de tecidos meristemáticos secundários.

Normalmente, as células dos tecidos definitivos não se dividem.

Os tecidos definitivos são classificados, de uma forma geral, consoante a função e a forma das células que os constituem, em tecidos essencialmente elaboradores e tecidos essencialmente mecânicos.

Os parênquimas, os tecidos secretores e os tecidos glandulares são tecidos definitivos essencialmente elaboradores. Os tecidos de revestimento, de suporte e de condução são tecidos definitivos essencialmente mecânicos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Predicado

Para compreendermos os tipos de predicado existentes na Língua Portuguesa, temos, primeiramente, que saber a definição de predicado.

Predicado é tudo o que se declara acerca do sujeito, ou seja, é tudo que há na frase que não é o sujeito.

Predicado Verbal

O predicado verbal possui obrigatoriamente um verbo, o qual é o núcleo do predicado. O verbo é núcleo do predicado quando é nocional, ou seja, que demonstra uma ação.

Exemplo:

Os alunos estudam todos os dias para o concurso.

Observe na frase que o verbo “estudam” evidencia uma ação: o ato de estudar, e diz respeito ao sujeito “os alunos” ao mesmo tempo que é complementado pelo restante do predicado “todos os dias para o concurso”. Porém, como o núcleo do predicado é o verbo “estudam”, chamamos o predicado de verbal.

Predicado Nominal

No predicado nominal o núcleo do predicado é um nome, o qual exerce a função de predicativo do sujeito.

Predicativo do Sujeito: é um termo que dá significado, atributo, característica ao sujeito ou, ainda, exprime seu estado ou modo de ser. O predicativo é conectado ao sujeito sempre através de um verbo de ligação.

1ª. Ela está cansada.

2ª. As taxas de juros continuam elevadas.

Observe na primeira oração que “cansada” é um atributo dado ao sujeito “Ela”. O sujeito “Ela” e o predicado nominal “cansada” estão conectados pelo verbo de ligação “está”.

Na segunda frase, observamos o mesmo processo anterior de análise: perguntamos quem continua? e continua o quê? E temos as respostas: “as taxas de juros” (sujeito) e “elevadas” (predicado nominal), ou seja, o predicativo nominal só atribui significado ao sujeito quando ligado pelo verbo de ligação (continuam). A oração só tem sentido pelo complemento (predicado) “elevado”, o qual é, portanto, o núcleo do predicado nominal.

Predicado Verbo-Nominal

O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo nocional, como vimos no predicado verbal, e um predicativo, que pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo.

Os alunos estudaram cautelosos para o simulado.

Observamos na frase que há dois núcleos: o verbo nocional (estudaram), ou seja, o sujeito praticou uma ação. No entanto, há uma característica dada ao sujeito “cautelosos”, que é, portanto, uma predicação, uma qualidade concedida ao sujeito, logo, é o predicativo do sujeito. Poderíamos desdobrar a última oração em duas:

Os alunos estudaram para o simulado. Eles foram cautelosos.

Na primeira oração temos um predicado verbal “estudaram para o simulado”, no qual o núcleo é o verbo nocional “estudaram”. Já na segunda oração o núcleo do predicado é um nome “cautelosos” conectado por um verbo de ligação (foram) ao sujeito (Eles) e, portanto, é um predicado nominal.

Sujeito

Existem cinco tipos diferentes de sujeitos, que são sujeito simples, sujeito composto, oculto, indeterminado e oração sem sujeito, nos quais irei explicar cada um deles e dar exemplos, mas, antes de saber o que é cada um deles, precisamos saber o que é sujeito.

O sujeito é o individuo que faz a ação ou é de quem falamos ou declaramos algo.

Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.

Exemplos:

Deus é perfeito!

A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.

Pastavam vacas brancas e malhadas.

Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.

Exemplos:

As vacas brancas e os touros pretos pastavam.

A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.

Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.

Sujeito Oculto: também chamado de sujeito elíptico ou desinencial, é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito.

Exemplos:

Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (sujeito: nós).

Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu).

Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais).

Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.

Exemplo:

Falaram que a festa era aqui.

Precisa-se de ajudantes.

Oração sem Sujeito: também conhecido como sujeito inexistente. Esse tipo de sujeito é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, o verbo haver no sentido de existir ou ocorreu e o verbo fazer indicando tempo ou clima.

Exemplos:

Choveu muito nesta noite.

Houve um grande engarrafamento.

Há muitas pessoas no shopping.

Faz dois meses que não vou ao cinema.

Faz muito frio no Sul do Brasil.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Resenha Crítica

Resenha Crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo.

A resenha crítica consiste na leitura, resumo e comentário crítico de um livro ou texto. Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se opiniões de diversos autores da comunidade científica em relação as defendidas pelo autor e se estabelece todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores.

Resenha crítica é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos: é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista.

A resenha crítica, em geral é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Também pode ser realizada por estudantes; nesse caso, como um exercício de compreensão e crítica.

A finalidade de uma resenha é informar o leitor, de maneira objetiva e cortês, sobre o assunto tratado no livro ou artigo, evidenciando a contribuição do autor: novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias. A resenha visa, portanto, a apresentar uma síntese das idéias fundamentais da obra.

O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os erros de informação encontrados, sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo tempo, tecer elogios aos méritos da obra, desde que sinceros e ponderados.

Entretanto, mesmo que o resenhista tenha competência na matéria, isso não lhe dá o direito de fazer juízo de valor ou deturpar o pensamento do autor.