quinta-feira, 18 de março de 2010

Embriologia

A embriologia é a ciência que estuda a formação dos complexos órgãos e sistemas de um animal, a partir de uma única célula indiferenciada. Faz parte da biologia do desenvolvimento. Considerando-se o desenvolvimento humano, este desenvolvimento inicia-se pela fecundação, gerando o zigoto ou ovo, que passará por três fases sucessivamente: mórula, blástula e gástrula. É estudada pelas ciências da saúde e biológicas.

Desenvolvimento Embrionário Humano

O desenvolvimento humano inicia-se na fertilização, quando um espermatozóide se une a um ovócito para formar uma única célula: o zigoto. É a partir desta célula totipotente que o indivíduo se desenvolve. O zigoto, visível a olho nu é como um pequeno grão, pouco menor que o ponto final desta frase. Contém os cromossomos e os genes derivados da mãe e do pai. O zigoto unicelular divide-se muitas vezes e transforma-se, progressivamente, em um ser humano multicelular, através de divisão, migração, crescimento e diferenciação das células.

Embora o desenvolvimento se inicie na fertilização, os estágios e a duração da gestação descritos pelos obstetras são calculados a partir do último período menstrual (UPMN), ou idade gestacional. Já os embriologistas preferem calculá-la a partir da ovulação (idade de ovulação ou de concepção).

Formação dos Espermatozóides e a Fecundação

Os espermatozóides são formados nos testículos, depois armazenados nos epidídimos, estruturas em formas de C que ficam em volta dos testículos, onde ocorre a maturação dos espermatozóides. Estes são levados pelos funículos espermáticos, e em seguida ao ducto deferente até a parte final da uretra, a fossa navicular de onde é expelido durante a ejaculação. É importante lembrar que a cada ejaculação o homem produz em média 90000 milhões de espermatozóides, sendo somente 15 por cento são perfeitos, com chances de chegar ao seu objetivo. E desses um só consegue penetrar no ovócito (óvulo). Já dentro do trato genital feminino, o espermatozóide, com seu flagelo, vai ao encontro do ovócito, por atração química. Durante esse percurso é quando acontece a capacitação, onde o espermatozóide, juntamente com substâncias genitais femininas, retira algumas propriedades, o que faz com que ele seja atraído pelo ovócito e consiga fecundá-lo.

Chegando ao encontro do gameta feminino, esse espermatozóide, cuja célula tem grande número de lisossomos, libera algumas subtâncias para digerir a camada de células (teca) e a zona pelúcida, que envolve o ovócito. É importante lembrar que essa camada é um pouco espessa, e portanto o primeiro espermatozóide a chegar nunca entra no ovócio, mas os outros aproveitam-se do caminho feito pelos primeiros.

Gametogênese

Processo de formação e desenvolvimento das células germinativas, os gametas, preparando-os para a fertilização. Durante a gametogênese, o número de cromossomas é reduzido pela metade e a forma das células é alterada. A gametogênese masculina é chamada espermatogênese e a feminina ovogênese.

Na espermatogênese, ainda no período fetal são formadas as espermatogônias, células diplóides, que ficam nos tubos seminíferos. Ao atingir a puberdade, estas células se desenvolverão, aumentando de número por meio de sucessivas mitoses. Após sofrerem mitoses e modificações, se transformam nos espermatócitos primários. Estas células sofrerão uma meiose reducional. Assim formam-se dois espermatócitos secundários, haplóides, que sofrem uma 2° divisão meiótica que formará 4 espermátides haplóides. Essas 4 espermátides sofrerão a espermiogênese, um processo de maturação das espermátides até se transformarem em espermatozóides. Todo o processo da espermatogênese é sustentado pelas células de Sertoli, que revestem o túbulo seminífero, nutrindo as espermátides.

A ovogênese é mais complicada. É a transformação das ovogônias em ovócitos maduros. Antes de nascer, no período fetal, as ovogônias, células diplóides, se proliferam por divisões mitóticas. Ainda no período fetal, as ovogônias se desenvolvem e formam os ovócitos primários, que consistem de células esféricas cobertas pela zona pelúcida e por um folículo primordial, células do tecido conjuntivo achatadas. Na puberdade este folículo primordial cresce, e o ovócito primário também. As células foliculares sofrem modificações até formarem o Folículo Primário. Depois com a formação de mais camadas foliculares, forma-se o folículo secundário. E assim o desenvolvimento destas células fica parado na prófase da Meiose I (estágio de dictióteno), que seria até mais ou menos os 11 anos.

• A meiose feminina só ocorre após a fecundação.

• Acredita-se que uma substância conhecida como Inibidor da maturação do ovócito (OMI), age mantendo estacionado o processo meiótico (dictióteno).

• Durante a puberdade o folículo amadurece e ocorre a ovulação (ou ovocitação).

Após o nascimento , não se forma mais nenhum ovócito primário. Ou seja, a mulher nasce com um número certo de células reprodutoras, enquanto o homem têm uma contínua produção de espermatócitos, pois o ciclo mitótico e meiótico é constante nos homens.

Assim os ovócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a puberdade (em prófase, no dictióteno). O ovócito primário aumenta de tamanho na maturação imediatamente antes da ovulação.

É nos túbulos seminíferos, que são produzidos os espermatozóides. Dentro deles encontra-se o epitélio germinativo, que são células que estão se diferenciando para formar o espermatozóide.

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