sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sofistica

Nome genético atribuído as concepções de filósofos gregos como Górgias e Protágoras, conhecidos como sofistas. Etimologicamente, sofista significa sábio. Depois ganhou a conotação de impostor atualmente estudos filosóficos buscam resgatar a importância da sofistica algumas características comuns entre os sofistas. O relativismo quanto ao saber (conhecimento) e ao fazer (moral) a valorização da arte de argumentar (retórica) o antropocentrismo (o homem é o valor fundamental).

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Demonstratives Pronouns (Pronomes Demonstrativos)

Demonstrative Pronouns servem para apontar, indicar e mostrar alguma coisa, lugar, pessoa ou objeto. Os demonstrative pronouns podem estar no singular (this = isto ou that = aquilo) e no plural (these = estes ou those = aqueles).

Singular: This (isto, este, esta), that (aquilo, aquele, aquela).

- This refere-se a algo próximo de quem fala.

- That refere-se a algo distante de quem fala.

- This e that; podem funcionar como adjetivos, antes do substantivo (this sandwich; that salad), ou como pronomes substantivos (this is for you; that is for me).

Exemplo:

What’s this? – pergunta o que é uma coisa que está perto da pessoa que fala.

What’s that? – pergunta o que é uma coisa que está longe da pessoa que fala.

Plural: these (estes; estas), those (aqueles; aquelas).

- These refere-se a tudo que está próximo de quem fala.

- Those refere-se a tudo que está distante de quem fala.

- These e those; podem funcionar como adjetivos, antes do substantivo (these cookies; those pies), ou como pronomes substantivos (these are good; those are bad).

Exemplo:

What are these? - pergunta "o que são estas" coisas que estão perto da pessoa que fala.

What are those? – pergunta "o que são aquelas" coisas que estão longe da pessoa que fala.

Possessive Pronouns (Pronome Possessivo)

Pronomes possessivos: mine, yours, etc.

Pronomes possessivos evitam a repetição de um substantivo.

Ex. That car is mine!

Concordam com o possuidor e não com o objeto possuído.

Ex: She has a dog. Her dog is black.

Nunca se usam com o artigo.

Ex: My dog = o meu cachorro; mine = o meu.

Os possessive pronouns vêm no lugar dos substantivos. Os possessive adjectives precedem os substantivos.

Ex: But my dog is white. Mine is white.

Possuidor Possessive Adjectives Possessive Pronouns

I My car (s) Mine

You Your ticket (s) Yours

He His pen (s) His

She Her book (s) Hers

It Its name (s) ----

We Our friend (s) Ours

You Your pencil (s) Yours

They Their cat (s) Theirs

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Velocidade Relativa

Método da velocidade relativa

É um método utilizado para calcular a velocidade absoluta de um ponto a partir de sua velocidade relativa a outro ponto de velocidade conhecida. É muito comum utilizá-lo em cursos de engenharia mecânica para obter a velocidade de uma barra, pistón ou outros elementos de um mecanismo.

Equação de velocidade relativa

Para calcular a velocidade de um ponto A que se move com respeito a um ponto B, que a sua vez se move com respeito a um referencial absoluto, podemos usar a seguinte relação:

VA = VB + VAB

Onde:

VA, velocidade absoluta do ponto A com respeito à referência absoluta.
VB, velocidade absoluta do ponto B com respeito à referência absoluta.
VAB, velocidade relativa do ponto A com respeito ao ponto B.

Ficando a fórmula da seguinte maneira:

VAB = VA - VB

Então, para resolver o movimento relativo entre A e B o que se faz é expressar a velocidade da e de B respectivo um ponto fixo.

A velocidade relativa não tem por que estar sócia a uma deslocação lineal pode ser provocada por uma rotação da com respeito a B. É habitual expressar por componentes vetoriais (dois no plano e três no espaço) todas as velocidades, tanto a relativa como a dos pontos A e B. Nesse caso, a velocidade relativa expressar-se-ia como produto vetorial do vetor de posição da com respeito a B pela velocidade angular relativa (giro A com respectivo a B), mais uma componente lineal de direção desconhecida.

Nessa situação, tanto no movimento plano como o movimento no de três dimensões, aparecem mais incógnitas que equações (as componentes se igualam entre se e aparecem duas e três equações no plano e especo respectivamente), as duas ou três componentes da velocidade relativa, plana ou espacial, e a angular; mas sempre se pode determinar a velocidade angular relativa como resta da do sólido à que pertence o ponto B menos à que pertence o A, já que estamos a ver o giro da respectivo de B. Em alguns casos o que é conhecido é a trajetória da com respeito a B, portanto em vez de ter por incógnitas as componentes da velocidade relativa lineal só temos o módulo da mesma.

Aplicações

Em engenharia mecânica é de interes encontrar a velocidade relativa em pontos de contacto de duas peças, isto é, A e B são o mesmo ponto do espaço, mas A move-se com um sólido e B com outro. Resolvendo a velocidade relativa é possível determinar a aceleração relativa entre um sólido e outro que nos vai determinar as forças que se exercem entre se ambos sólidos. Em engenharia é importante conhecer a que esforços estão submetidas as peças para eleger materiais que suportem ditos esforços. Predefinição: Ordenar: Método da velocidade relativa.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Jean Paul Sartre 2

"Se um certo Jean-Paul Sartre for lembrado, eu gostaria que as pessoas recordassem o meio e a situação histórica em que vivi, todas as aspirações que eu tentei atingir. É dessa maneira que eu gostaria de ser lembrado." Essa declaração foi feita por Sartre durante uma entrevista, cinco anos antes de morrer. Na mesma ocasião, disse que gostaria que as pessoas se lembrassem dele por seu primeiro romance, "A Náusea", e duas de suas obras filosóficas, a "Crítica da Razão Dialética" e o ensaio sobre Jean Genet.

Jean-Paul Sartre influenciou profundamente sua geração e a seguinte. Foi um mestre do pensamento e seu exemplo foi seguido por boa parte da juventude do pós-guerra, nas décadas de 1950 e 1960.

Sartre tentou ilustrar sua filosofia com ações traduzidas em diversos engajamentos políticos e sociais. Mais que qualquer outro filósofo, é necessário conhecer algo de sua biografia para captar o pensamento sartreano, um projeto desenvolvido em três horizontes: a filosofia, a literatura e a política.

O século 20 mal começara quando Jean-Paul-Charles-Aymard Sartre nasceu, na rua Mignard, em Paris. Sua mãe, Anne Marie, era prima do famoso missionário Albert Schweitzer. O pai, um jovem oficial da marinha, morreu de uma febre contraída no Oriente, quando Sartre tinha um ano. Em sua autobiografia, ele lamentou que lhe tivesse sido negado o prazer de conhecer o pai.

Criado pelo avô materno, não teve uma infância feliz: o velho Charles Schweitzer, homem preso ao passado, era adepto fervoroso da disciplina. Parece que foi por influência sua que o pequeno Sartre tomou gosto pela literatura e pela escrita. Sem conseguir se adaptar ao ambiente repressivo, refugiava-se em jogos imaginários.

No colégio encontrou um verdadeiro amigo, Paul Nizan: ambos se prometeram seguir a carreira literária e descobriram juntos a filosofia, que Sartre foi estudar na Escola Superior Normal de Paris e depois na universidade Sorbonne. Ali conheceu também Simone de Beauvoir, sua companheira de toda a vida e que se tornaria uma das mais famosas escritoras do mundo.

Sartre, quando estudante, não gostava de professores. Mas precisava ganhar a vida e se tornou, ele também, um professor de filosofia, aproveitando as horas de folga para escrever. Depois de algumas tentativas, conseguiu publicar uma novela, "O Muro", em 1937, e seu primeiro romance, "A Náusea", em 1938.

O início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, mudou os rumos de sua vida. Convocado pelo Exército francês, Sartre foi feito prisioneiro pelos alemães, no ano seguinte. E aproveitou sua prisão para estudar a obra do filósofo alemão Martin Heidegger. Fazendo-se passar por civil, conseguiu ser libertado.

Escreveu boa parte de suas obras durante a guerra. Mas foi nos anos 1950, quando já era um autor consagrado que publicou sua maior criação, a "Critica da Razão Dialética", em que estabelece um diálogo crítico entre o marxismo e o existencialismo.

Sartre passou um mês em Cuba, como hóspede de Fidel Castro e lhe dedicou uma reportagem no jornal France Soir. Foi autor do Manifesto dos 121, que proclamava o direito à insubordinação dos franceses que eram convocados para lutar na guerra da Argélia, então uma colônia francesa na África.

Em 1964 ganhou o Prêmio Nobel de Literatura - mas o recusou, porque não acreditava em se submeter a juízes e seus julgamentos, mesmo quando premiado. Ficou ao lado dos estudantes em maio de 1968, quando os jovens, decididos a viver de acordo com seus próprios valores, se revoltaram em Paris.

FONTE: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u623.jhtm

Jean Paul Sartre

Sartre, expoente máximo do existencialismo francês, determinou o pensamento e a posição essencial da geração de intelectuais do pós-guerra. Na obra O Ser e o Nada (1943), formulou seus pressupostos filosóficos: "O ser humano foi lançado para a vida e, diante dela, obrigado a adotar uma posição sensata; condenado à liberdade, só pode encontrar o verdadeiro sentido de sua existência por intermédio da responsabilidade". Sartre vinculou a filosofia existencial ao marxismo e à psicanálise. Comprometido politicamente durante toda a vida, em 1956 abandonou o Partido Comunista francês, ao qual pertencia desde 1952, em protesto pela intervenção soviética na Hungria. Defendeu o movimento de libertação da Argélia durante a guerra colonial, apoiou a rebelião estudantil de 1968 e criticou a prisão em regime de isolamento dos terroristas do Exército Vermelho na Alemanha, durante os anos de 1970. Em 1945, criou o periódico político-literário Les Temps Modernes e, em 1972, foi co-fundador do diário Libération. Sartre, que sempre repudiou a atenção pública sobre sua pessoa, renunciou em 1964 ao Prêmio Nobel de Literatura. Compartilhou sua vida com a escritora Simone de Beauvoir. Além de tratados filosóficos, escreveu numerosos romances de sucesso, como A Náusea (1938) e O Muro (1939), dramas como As Moscas (1949), ensaios sobre arte e política, como Situações, obra em dez volumes, redigida entre 1947 e 1976, além de peças como Entre Quatro Paredes (1944) e O Diado e o Bom Deus (1951).

FONTE: http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1972-biografia-9,00.jhtm

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Martin Heidegger (1889 – 1976)

1914 – Doutorou-se em filosofia.

1927 – O ser e o tempo.

1929 – Sucedeu na universidade da Freiburg o seu antigo mestre Husserl.

Heidegger – A angustia é o sentimento profundo que faz o homem despertar da existência inautêntica. Tornando-se si mesmo o homem pode transcender. Atribuir um sentido a vida.

Obra: Filosofia mais importante: O ser e o tempo.

Para Heidegger o ente é a existência, o modo de ser do homem. O ser é a essência, aquilo que determina a existência ou modo de ser do homem.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Dermatóglifos

Dermatóglifos (do grego dermatos pele, glyphein escrita) são desenhos formados
pelas glândulas sudoríparas na pele das palmas e dedos das mãos com a
finalidade de aumentar o atrito para apreender objetos. Também encontrados nos
pés e caudas de primatas, aumentam o atrito com o chão facilitando a locomoção.
No ser humano os dermatóglifos desenvolvem-se do segundo ao quarto mês e meio
de vida embrionária a partir do folheto germinativo chamado ectoderma, do qual
também são formados a epiderme e o sistema nervoso. As glândulas sudoríparas
formam desenhos que não se modificam até o fim da vida. Por isto usamos as
impressões digitais na identificação de pessoas.

Os dermatóglifos são condicionados por um mecanismo genético chamado
poligênico; isto significa que estes desenhos são determinados pela ação
integrada de vários genes espalhados por diversos cromossomos em nossas
células. Tal mecanismo explica a enorme variedade destas figuras não só entre
as pessoas, mas também entre os dedos e palmas de cada uma.
Os padrões dermatoglíficos podem ser estudados por observação direta, mas
geralmente são analisados por impressão gráfica em papel. Existem basicamente
três tipos de padrões digitais: Arco (Duga), Presilha (Petlia) e Verticilo
(Zavitok).

Além dos padrões, considera-se a quantidade de linhas e interrupções nos
desenhos das linhas para identificação de pessoas. Para a contagem de linhas
localiza-se a existência de deltas, também conhecidos por trirrádios (encontros
entre três linhas) e faz-se um traçado até o ponto central da figura. Na
presença de dois deltas considera-se o maior número de linhas.

Desde o início da década de 70 os geneticistas verificaram padrões específicos
de dermatóglifos associados a inúmeras síndromes genéticas e passaram a
utilizá-los como mais um dos recursos para diagnóstico clínico. Na mesma época
alguns estudiosos russos também iniciaram estudos para utilizar os
dermatóglifos como marcadores de detecção de talentos.

Mais recentemente os estudos revelaram que atletas apresentam maior número de

Verticilos quando comparados aos sedentários. Em sedentários, o padrão
predominante é o Arco.

Entretanto é fundamental compreender que, apesar de precocemente, os
dermatóglifos somente podem revelar informações sobre a natureza nervosa e não
de toda a constelação tissular necessária para o desenvolvimento de aptidões e
performances físicas e esportivas. Isto nos leva a concluir que as impressões
digitais podem ser utilizadas apenas como mais um dos inúmeros indicadores de
talentos.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Romantismo

Romantismo foi um movimento artístico, político e filos Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.

Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

O termo romântico refere-se, assim, ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.

Ófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.

Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

O termo romântico refere-se, assim, ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.


Origens

O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição.

Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de seu surgimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta classificação encaixam-se Francisco Goya e Bocage.

O Romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e na Inglaterra. Na Alemanha, o Romantismo, teria, inclusive, fundamental importância na unificação germânica com o movimento Sturm und Drang.

O Romantismo viria a se manifestar de formas bastante variadas nas diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao Realismo.

No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil em 1822, com o Primeiro reinado, com a Guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista.


Romantismo na Literatura

O Romantismo surge na literatura quando os escritores trocam o mecenato aristocrático pelo editor, precisando assim cativar um público leitor. Esse público estará entre os pequenos burgueses, que não estavam ligados aos valores literários clássicos e, por isso, apreciariam mais a emoção do que a sutileza das formas do período anterior. A história do Romantismo literário é bastante controversa.

Em primeiro lugar, as manifestações em poesia e prosa popular na Inglaterra são os primeiros antecedentes, embora sejam consideradas "pré-românticas" em sentido lato. Os autores ingleses mais conhecidos desse Pré-Romantismo "extra-oficial" são William Blake (cujo misticismo latente em The Marriage of Heaven and Hell - O Casamento do Céu e Inferno, 1793 atravessará o Romantismo até o Simbolismo) e Edward Young (cujos Night Thoughts - Pensamentos Noturnos, 1742, re-editados por Blake em 1795, influenciarão o Ultra-Romantismo), ao lado de James Thomson, William Cowper e Robert Burns. O Romantismo "oficial" é reconhecido nas figuras de Coleridge e Wordsworth (Lyrical Ballads - Baladas Líricas, 1798), fundadores; Byron (Childe Harold's Pilgrimage, Peregrinação de Childe Harold, 1818), Shelley (Hymn to Intellectual Beauty - Hino à Beleza Intelectual, 1817) e Keats (Endymion, 1817), após o Romantismo de Jena.

Em segundo lugar, os alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao "Pré-Romantismo extra-oficial" da Inglaterra. Esses escritores alemães formaram o movimento Sturm und Drang (tempestade e ímpeto), donde surge então, mergulhado no sentimentalismo, o pré-Romantismo "oficial", isto é, conforme as convenções historiográficas. Goethe (Die Leiden des Jungen Werther - O Sofrimento do Jovem Werther, 1774), Schiller (An die Freude - Ode à Alegria, 1785) e Herder (Auszug aus einem Briefwechsel über Ossian und die Lieder alter Völker - Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos, 1773) formam a Tríade. Alguns jovens alemães, como Schegel e Novalis, com novos ideais artísticos, afirmam que a literatura, enquanto arte literária, precisa expressar não só o sentimento como também o pensamento, fundidos na ironia e na auto-reflexão. Era o Romantismo de Jena, o único Romantismo autêntico em nível internacional.

Em terceiro lugar, a difusão européia do Romantismo tomou como românticas as formas pré-românticas da Inglaterra e da Alemanha, privilegiando, portanto, apenas o sentimentalismo em detrimento da complicada reflexão do Romantismo de Jena. Por isso, mundialmente, o Romantismo é uma extensão do Pré-Romantismo. Assim, na França, destacam-se Stendhal, Hugo e Musset; na Itália Leopardi e Manzoni; em Portugal Garrett e Herculano; na Espanha Espronceda e Zorilla.

Tendo o liberalismo como referência ideológica, o Romantismo renega as formas rígidas da literatura, como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo preferencial, em oposição à epopéia. É a superação da retórica, tão valorizada pelos clássicos.

Os aspectos fundamentais da temática romântica são o historicismo e o individualismo. O historicismo está representado nas obras de Walter Scott (Inglaterra), Vitor Hugo (França), Almeida Garrett (Portugal), José de Alencar (Brasil), entre tantos outros. São resgates históricos apaixonados e saudosos ou observações sobre o momento histórico que atravessava-se àquela altura, como no caso de Balzac ou Stendhal (ambos franceses).

A outra vertente, focada no individualismo, traz consigo o culto do egocentrismo, vazado de melancolia e pessimismo (Mal-do-Século). Pelo apego ao intimismo e a valores extremados, foram chamados de Ultra-Românticos. Esses escritores como Byron, Alfred de Musset e Álvares de Azevedo beberam do Sturm und Drang alemão, perpetuando as fontes sentimentais.

O romantismo é um movimento que vai contra o avanço da modernidade em termos da intensa racionalização e mecanização. É uma crítica à perda das perspectivas que fogem àquelas correlacionadas à razão. Por parte o romantismo nos mostra como bases de vida o amor e a liberdade.


Romantismo em Portugal

Teve como marco inicial a publicação do poema "Camões", de Almeida Garrett, em 1825, e durou cerca de 40 anos terminando por volta de 1865 com a Questão Coimbrã.

A Primeira Geração do Romantismo em Portugal vai de 1825 a 1840. Seus principais autores são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho. A Segunda Geração, ultra-Romântica, de 1840 a 1860 e tem com principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos. A Terceira Geração, pré-Realista, de 1860 a 1870, aproximadamente, teve como principais autores Júlio Dinis e João de Deus.


Romantismo no Brasil


De acordo com o tema principal, os romances no Brasil podem ser classificados como indianistas, urbanos ou históricos e regionalistas.

No romance indianista, o índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, e era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Junto com tudo isso, o indianismo expressava os costumes e a linguagem indígenas, cujo retrato fez de certos romances excelentes documentos históricos.

Os romances urbanos tratam da vida na capital e relatam as particularidades da vida cotidiana da burguesia, cujos membros se identificavam com os personagens. Os romances faziam sempre uma crítica à sociedade através de situações corriqueiras, como o casamento por interesse ou a ascensão social a qualquer preço.

Por fim, o romance regionalista propunha uma construção de texto que valorizasse as diferenças étnicas, lingüísticas, sociais e culturais que afastavam o povo brasileiro da Europa, e caracterizava-os como uma nação. Os romances regionalistas criavam um vasto panorama do Brasil, representando a forma de vida e individualidade da população de cada parte do país. A preferência dos autores era por regiões afastadas de centros urbanos, pois estes estavam sempre em contato com a Europa, além de o espaço físico afetar suas condições de vida.

A primeira geração (nacionalista–indianista) era voltada para a natureza, o regresso ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Gonçalves de Magalhães foi o introdutor do Romantismo no Brasil. Obras: Suspiros Poéticos e Saudades. Gonçalves Dias foi o mais significativo poeta romântico brasileiro. Obras: Canção do exílio, I-Juca-Pirama. Araújo Porto Alegre fundou com os outros dois a Revista Niterói-Brasiliense

Entre as principais características da primeira geração romântica no Brasil estão: o nacionalismo ufanista, o indianismo, o subjetivismo, a religiosidade, o brasileirismo (linguagem), a evasão do tempo e espaço, o egocentrismo, o individualismo, o sofrimento amoroso, a exaltação da liberdade, a expressão de estados de alma, emoções e sentimentalismo.

A segunda geração, também conhecida como Byroniana e Ultra-Romantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.

Entre seus principais autores estão Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e Pedro de Calasans. Álvares de Azevedo fazia parte da sociedade epicuréia destinada a repetir no Brasil a existência boêmia de Byron. Obras: Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna. Casimiro de Abreu escreveu As Primaveras, Poesia e amor, etc. Fagundes Varela, embora byroniano, já tinha em sua poesia algumas características da terceira geração do romantismo. Junqueira Freire, com estilo dividido entre a homossexualidade e a heterossexualidade, demonstrava as idiossincrasias da religião católica do século XIX.

Já as principais características da segunda geração foram o profundo subjetivismo, o egocentrismo, o individualismo, a evasão na morte, o saudosismo (lamentação) em Casimiro de Abreu, por exemplo, o pessimismo, o sentimento de angústia, o sofrimento amoroso, o desespero, o satanismo e a fuga da realidade.

Por fim há a terceira geração, conhecida também como geração Condoreira, simbolizada pelo Condor, uma ave que costuma construir seu ninho em lugares muito altos e tem visão ampla sobre todas as coisas, ou Hugoniana, referente ao escritor francês Victor Hugo, grande pensador do social e influenciador dessa geração.

Os destaques desta geração foram Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto. Castro Alves, denominado "Poeta dos Escravos", o mais expressivo representante dessa geração com obras como Espumas Flutuantes e Navio Negreiro. Sousândrade não foi um poeta muito influente, mas tem uma pequena importância pelo descritivismo de suas obras. Tobias Barreto é famoso pelos seus poemas românticos.

As principais características são o erotismo, a mulher vista com virtudes e pecados, o abolicionismo, a visão ampla e conhecimento sobre todas as coisas, a realidade social e a negação do amor platônico, com a mulher podendo ser tocada e amada.

Essas três gerações citadas acima, apenas se aplicam para a poesia romântica, pois a prosa no Brasil, não foi marcada por gerações, e sim por estilos de textos - indianista, urbano ou regional - que aconteceram todos simultaneamente.

No país, entretanto, o romantismo perdurará até à década de 1880. Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis, em 1881, ocorre formalmente a passagem para o período realista.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Língua: Código Usado na Comunicação

Para que a comunicação aconteça por meio do código verbal, são necessários seis elementos básicos.

• Remetente ou Emissor – Quem deseja comunicar-se, enviando determinada mensagem a alguém.

• Destinatário ou Receptor – A quem a mensagem se destina.

• Mensagem – A(s) informação (ões) transmitida.

• Referente ou Contexto – O assunto do texto.

• Contato – Constituído de dois diferentes aspectos:

1º O Canal – Meio material suporte físico que transporta a mensagem.

2° A Conexão Psicológica – De um lado, o desejo do emissor transmitir sua mensagem; de outro, a atenção do destinatário, seu interesse em compreender.

• Código – Sistema de elementos lingüísticos selecionados e de regras para combiná-los, conhecido tanto pelo emissor quando pelo receptor. Quando se considera a comunicação verbal, o código é uma língua, em sua modalidade oral ou escrita.