Sartre, expoente máximo do existencialismo francês, determinou o pensamento e a posição essencial da geração de intelectuais do pós-guerra. Na obra O Ser e o Nada (1943), formulou seus pressupostos filosóficos: "O ser humano foi lançado para a vida e, diante dela, obrigado a adotar uma posição sensata; condenado à liberdade, só pode encontrar o verdadeiro sentido de sua existência por intermédio da responsabilidade". Sartre vinculou a filosofia existencial ao marxismo e à psicanálise. Comprometido politicamente durante toda a vida, em 1956 abandonou o Partido Comunista francês, ao qual pertencia desde 1952, em protesto pela intervenção soviética na Hungria. Defendeu o movimento de libertação da Argélia durante a guerra colonial, apoiou a rebelião estudantil de 1968 e criticou a prisão em regime de isolamento dos terroristas do Exército Vermelho na Alemanha, durante os anos de 1970. Em 1945, criou o periódico político-literário Les Temps Modernes e, em 1972, foi co-fundador do diário Libération. Sartre, que sempre repudiou a atenção pública sobre sua pessoa, renunciou em 1964 ao Prêmio Nobel de Literatura. Compartilhou sua vida com a escritora Simone de Beauvoir. Além de tratados filosóficos, escreveu numerosos romances de sucesso, como A Náusea (1938) e O Muro (1939), dramas como As Moscas (1949), ensaios sobre arte e política, como Situações, obra em dez volumes, redigida entre 1947 e 1976, além de peças como Entre Quatro Paredes (1944) e O Diado e o Bom Deus (1951).
FONTE: http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1972-biografia-9,00.jhtm
sexta-feira, 23 de abril de 2010
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